Greta Gerwig. É complicado pensar imediatamente noutro nome - mesmo o do excelente Noah Baumbach - depois de visionar Frances Ha. O argumento é também assinado pela actriz e nota-se no seu rosto, nas suas atitudes, nos seus movimentos, nos seus olhos e sorriso que está completamente transformada nesta elétrica e vertiginosa personagem - que é das maiores criações femininas dos últimos anos. Quanto ao filme é pura e simplesmente Frances Há no meio de hipsters nova iorquinos filmados num belíssimo noir que evoca planos mesmo geniais. É claro que Baumbach é fundamental na captura desta personagem, mas é essencialmente aquilo que ela tem a dizer - tal como algures no inicio do filme revela - de forma honesta, sem recear julgamentos premeditados de intelectualidades, aquilo que tantas vezes nos acerca: A necessidade de vermos realizados pequenos desejos - ás vezes á vista de outros olhos, tão mundanos - mas que para nós são uma busca incansável para alcançar um momento de magia pura, incrivelmente difícil de explicar por palavras a alguém. Um dos melhores trabalhos de 2013